Thursday, June 25, 2009

MEU PRIMEIRO DISCO DE VINIL...


Como boa parte dos nascidos na década de 70, estou na legião de pessoas que se deliciaram ao som das inúmeras músicas bem trabalhadas do Michael Jackson.
Quem não se hipnotizava com queles clipes?
Triller foi o primeiro vinil que tive em minha vida. Ganhei da minha madrinha, no ano em que foi lançado. É uma pena não te-lo até hoje. Devo isto à famigerada era dos CDs!
Escutei tanto aquele disco que não sei como não colecionei arranhões nele. Talvez isto provasse minha devoção. Uma criança de apenas sete anos não seria tão cuidadosa assim com algo que não amasse.
Ah,mas os clipes... Tenho uma preferência inexplicável por Smooth Criminal (So, Annie are you ok. Are you ok Annie?). Uma sinfonia de acordes bem bolados juntos àquele rife de guitarra inconfundível e a dança impecável de Michael.
Na adolecência gostar do "rei do pop" tornou-se algo brega perante a ídolos como 'News Kids on the Block' (fala sério!), mas eu continuava a remar contra a maré, comprando tudo o que tinha para se vender que se referisse à não somente Michael Jackson, quanto à toda sua família.
Quando acompanhei o seriado "The Jacksons: An American Dream", senti que amava aquela vida. Não vou dizer que sempre quis ser cantora por causa da minha devoção pelos Jacksons,isto sempre esteve em mim, mas após ver este seriado, compreendi que era mesmo aquilo que eu queria da vida.
Então começei a compor.
Quis aprender a tocar violão.
Logo, ganhei um de aniversário da minha mãe.
Assim que pude, uns anos mais tarde, começei a estudar música.
Estudei canto...
Minhas gravações dos shows de Michael Jackson em VHS foram embolorando enquanto cediam espaço ao YouTube.
E não passava muito tempo sem ver. Sem pesquisar. Sem buscar curiosidades.
Não me importava o quão caótica fosse sua imagem, gostava da vibração que a voz dele, que as canções dele me passavam.
Até hoje, costumava dizer que nunca havia perdido ninguém que eu amasse verdadeiramente para a morte...
Pois é.
Que coisa.
Hoje eu perdi meu ídolo.

O CHATO


A pessoa pode ser qualquer coisa.
Inteligente, astuta.
Pode ser envolvente.
Pode ter tantas características boas quanto ruins, mas se é chata...
O chato vem sempre antes de tudo.
O chato é aquele tipo de pessoa que precisa de sua atenção de qualquer forma.
O chato precisa ter algo para questionar, um "peido pronto" para soltar, uma piada sem a menor graça para um sorriso amarelo...
Quem merece um chato no pé?
Na realidade, todos nós temos um pouco de "obrigação" em aturar um chato. Aguento um pouco eu, aguenta um pouco você.
É uma missão, um destino, sei lá.
Mas uma foisa é fato:
Antes ter que ter paciência além da conta
Do que ser um chato!

Thursday, June 11, 2009

MOMENTO - REVOLTA


NÃO GOSTO DE INJUSTIÇA!

Não gosto dos sem terra.
Dizem que isto é ser reacionário, mas não gosto de vê-los invadindo fazendas, parando estradas, ocupando linhas de trens, quebrando repartições públicas, tentando parar o lento progresso do Brasil.
Não gosto disso.
Não acredito em cotas para negros e índios. Dizem que sou racista.
Mas para mim racista é quem julga negros e índios incapazes de competir com os brancos em pé de igualdade. Eu acho que a cor da pele não pode servir de pretexto para discriminar, mas também não devia ser fonte para privilégios imerecidos, provocando cenas ridículas de brancos querendo se passar por negros.
Não sou racista.
Não quero ouvir mais noticias de pessoas morrendo de dengue. Tapo os ouvidos e fecho os olhos, mas continuo a ouvir e ver. Não quero saber de crianças sendo arrastadas em carros por bandidos, ou de uma menininha jogada pela janela em plena flor de idade. Ou de meninos esquartejados pelos pais por serem 'levados'...
Não gosto de injustiça...
Não gosto de diretoras de escolas suburbanas que se deixam influenciar pela pobreza local, transformando-a em pobreza mental.
Do que gosto?
Da evolução. Foi para isto que nasci, para evoluír.
Quando me deparo com fatos, casos ou pessoas involuídas mentalmente e espíritualmente, vejo que estou perdendo tempo...

Saturday, June 06, 2009

FLORES



Estava justamente aqui, pensando sobre o poder de uma flor, quando algo aconteceu.
Antes porém, recebi um bouquet, que não era exatamente de tulipas, mas nem por isto deixou de ser belo.
E, pasme, fiquei feliz.
Geralmente não sou assim, sou uma pessoa triste, difícel de ser agradada. Imcompreendida.
Mas me agradei com as rosas. Ou me conformei em definitivamente só ganhar rosas, no máximo orquídeas. Sem querer ser ingrata, mais um bouquet de rosas... E que rosas lindas!
Muitas das vezes, me acham fútil, muitas das vezes sou sensível demais.O fato é que flores são uma grande paixão em minha vida. Não deveria ficar tão longe delas, maldita alergia!
Leio atualmente e atentamente "A menina que roubava livros, de Markus Suzak". Procuro a história de outros para compreender ou esquecer a minha.
Entre uma página e outra da vida, recebi o telefonema do meu filho, à meia noite e onze, se dizendo só, sentindo a minha falta, já na casa do pai. Que coisa. Fui busca-lo, prontamente.
Durante uma semana o bouquet, que não deve ter sido barato, murchou.
Significa que tudo passa, que a beleza é efêmera.
Então, do bouquet restaram apenas umas duas rosas... Estão lindas ainda...
Mas vão murchar, apodrecer, morrer.
Hoje, voltando do almoço e pensando em minhas futilidades, novamente depressiva por ter devolvido meu filhote ao pai, parei para que atravessasse à calçada, um caixão. Caixão feio, amarelado, pobre. Mas que continha ali dentro um corpo de uma pessoa já adulta, querida, provavelmente. Vi que algumas pessoas em volta disfarçavam a tristeza, uma segurava uma tulipinha pequena, branca.
E lá estavam as flores, novamente...
Não me furtei de questionar o sentido da vida pela enézima vez. Nada que explique nada.
Da experiência destes últimos dias, levo uma certeza: TUDO PASSA.
Um dia, tudo passará... Eu, você, e os outros.
Eis a esperança que ainda me mantém de pé: Quero flores lindas no meu enterro. Tulipas também, por favor. Não se preocupem com minha alergia, ela, assim como eu terá passado naquele exato momento.