O que causa a paixão em um ser humano?
Muitas vezes é somente a beleza, trazendo à tona todo um interesse e uma gama de expectativas que com o tempo aprimoram ou somem.
No momento estou apaixonada, por um cãozinho chamado Boo...
Eu quero...
:)
Wednesday, May 15, 2013
Tuesday, May 14, 2013
Minha vida em uns Minutos
Depois de ficar uns bons minutos tentando reativar minha conta, pois havia esquecido a senha, só para variar, finalmente estou aqui. Que felicidade!
Tive que confirmar tanta coisa, que acabou passando pela minha cabeça um filme de toda minha vida...
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Tive que confirmar tanta coisa, que acabou passando pela minha cabeça um filme de toda minha vida...
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Minha vida em uns minutos...
Oi, eu nasci no Rio de janeiro no
dia 29/05/1975, com o nome de Karla Barbosa de Oliveira. Batizada, crismada,
católica sem vergonha que não tem saco pra frequentar a missa, mas não deixa
ninguém falar mal da igreja...
Aos 4 anos entrei para o jardim
de infância e não posso dizer que vida estudantil foi inicialmente brilhante.
Repeti a quarta e a sétima séries... Não era o que se chama de “aluna
exemplar”, tinha muitas dificuldades. Entretanto, era estudiosa e nunca dava
trabalho na parte comportamental. Sempre fiz tudo certinho, era a primeira
aluna da fileira do meio, aquela que o professor consulta o caderno pra ver
aonde parou.
Aos cinco anos me mudei para o
Espírito Santo devido a uma transferência do trabalho do meu pai, que era
militar. Fui parar em Cachoeiro do Itapemirim, aonde estudei no Colégio Jesus
Cristo Rei. Foi lá que reprovei na quarta série... Eu amava matemática, mas
este sentimento não foi muito recíproco... Isto posto, resolvi investi na dança, após ter
ganhado de uma tia o genial disco do Michael Jackson (triller) que
definitivamente me fez começar a gostar de música.
Quando entrei na adolescência, o
exército transferiu o meu pai para o Vale do Jequitinhonha (isso mesmo, divisa
de Minas com Bahia!). Lá passei três dos melhores anos da minha vida, comendo
manga e siriguela do pé, brincando de Tarzan e Jane, tentando alfabetizar meus
irmãos (isso não deu certo...) e desviando dos sapos e cobras atropelados pelo
meio da rua! Que nojo!
Quando voltei para o Espírito
Santo, já com meus 15 anos, tive novas experiências mas vivi um bom tempo de
nostalgia, com vontade de voltar para as Minas Gerais. Mas esse tempo passou no
momento em que conheci a Blow Up, uma boate daqui. Eu me lembro até hoje do
deslumbre que foi olhar uma luz vinda de um estrobo... Eu era muito esquisita
lá dentro. Visualmente não fazia mesmo parte daquilo. Imaginem uma menina com
um sotaque meio baiano, meio mineiro... Imagina o bullying (que não tinha esse
nome na época, mas já existia). Eu era aquela menina feia, sem sal, gorda, que sobra
no final das festas, que não dançava, não cantava e tinha péssimo inglês. Pra
aprender informática fui trabalhar em um curso de informática. Pra aprender
inglês tive que fazer o mesmo...
Um dia fui dormir e quando acordei,
era relações públicas da Blow Up, popular, estilo líder de torcida. Carteira
assinada, namorada do DJ, estudante do melhor cursinho do estado. Achava que estava abafando, tadinha. Mais tarde
fiquei noiva e mais tarde ainda terminei o noivado. Aos 23 anos conheci o
carinha que namoraria por 5 anos e que mais tarde me daria um filho. Grávida e
desesperada por uma profissão, fiz vestibular e passei para arte na UFES.
Sempre quis estudar na UFES, entrar lá foi um sonho realizado, me formar então
nem se fala. E eu gostei dessa brincadeira. Sabe essa coisa de realizar sonhos
que não parecem possíveis? Pois é... Eu gostei disso. Segui, incorrigível,
dançando e cantando no quarto para total desespero dos meus pais. E dos
vizinhos... Resolvi reativar um antigo sonho, o de cantar. Me lembro das risadas
que arranquei quando finalmente afirmei que queria ser cantora, em 1998... E
comecei a estudar violão em 1999. Em 2002 gravei “Vem dançar”, meu primeiro
single. Não tenho coragem de divulgar. Fivou muito ruim, rs. Mas eu gostei, na
época. O namorado se foi, o filho (RAFAEL) ficou e com ele a necessidade de
surgir uma mãe equilibrada, centrada... Tudo o que eu não fui. Sempre ouvi
música com o som alto, usei fone, dancei no banheiro, paguei mico, fui
politicamente incorreta, toda errada... Meu filho me corrige o tempo todo “Mãe,
você racha a minha cara...”. Mãe biruta, filho conservador. Ele diminui o som
do meu carro! Pelo menos ele não curte funk. Eu gosto de funk, mas só quando
estou no final da festa, com o último copo de drink na mão.
Segui em frente e acreditei no
meu potencial de cantora que segui o conselho do meu pai: “vc quer cantar,
minha filha, então aprende...”. E eu fui fazer aulas de canto. Depois fui fazer
meu segundo single, que teve seu primeiro remix tocado muitas e muitas vezes na
rádio Via FM. Este ficou bom mesmo! Mas não era o suficiente, eu queria o CD...
Em meio a tudo isso eu segui
lecionando arte. E misturei tudo, o palco com a sala de aula, os alunos com os
fãs... Minha vida bagunçou ainda mais. Mas gosto assim, é uma bagunça
organizada, sabe? Essa sou eu, não podia ser diferente. Cuidei do jardim,
borboletas vieram e acabei conhecendo o Fábio, meu companheiro até os dias
atuais. A ele devo a expansão do conhecimento musical e a autocrítica que
tenho. Se sou esta maravilha que sou hoje, devo muito ao Fábio.
Tem gente que odeia o meu jeito,
mas tem muito mais gente que me ama, então acho que tô no lucro.
Fui seguindo meu destino até que
me contrataram para dar aulas em escolas particulares. Lecionei em quase todas
que vocês conhecem. Em 2009 fui parar naquela em que eu estudei logo que
cheguei aqui, aonde mais sofri discriminação em toda a minha vida estudantil.
Dar aulas lá foi um desafio. Lembra do bullying que não tinha este nome? Pois é,
fui tentar me reafirmar naquele local. Fiquei lá por alguns anos, mas ainda não
me adaptei à burguesia. Tinha muita gente boa por lá, mas o cheiro fétido dos
burgueses abafa o aroma das tulipas...
Achei meu rumo quando entrei para
uma nova escola particular, em 2012. Ah, aulas de teatro, dança, coreografias,
música, enfim me encontrei. Lancei meu segundo cd, que não conseguiu ter um
show decente, mas foda-se, eu não preciso muito disto. Sou uma artista
diferente que não precisa babar ovo de ninguém para fazer o que quero. Aprendi
isso. Goste você de mim ou não, eu vou fazer o que tiver de fazer. Fico em casa
nas noites em que quero e saio quando quero, canto quando quero, leciono porque
quero.
Gosto do contato que tenho com os
jovens e me sinto jovem com eles.
Hoje faço parte de um grupo vocal
que canta poesias e escrevo poesias também. Ainda falta fazer muitas coisas,
lançar meu livro sobre o Sítio Histórico da Prainha de Vila Velha, ser diretora
da escola que leciono atualmente, entrar para a política, estudar na Europa, e
fazer algo de poderoso pela cultura deste lugar esquecido culturalmente pelo
Brasil. Esta sou eu, que há dez anos mudei de nome, pois ninguém me conhece
como meu nome de batismo, e sim Karla Skarine. Uso o sobrenome da minha avó
paterna, italiana, em homenagem ao meu pai e sua forma incrédula de por fé em minhas
opções. Mas acreditem, amo tanto o “Skarine” que estou abrindo um processo para
incluí-lo em minha identidade, pois não quero ter somente o sangue italiano, quero o nome também.
Enfim, fiz uma viagem!
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